Para tentar frear o chamado câmbio paralelo no país, o governo da Argentina anunciou uma medida que já vinha ganhando forma nos últimos dias: o turista poderá trocar dólares por um câmbio mais próximo ao encontrado no mercado paralelo (o chamando ‘dólar blue’) do que o do valor oficial.
 

 

Nesta quinta-feira à tarde, a cotação paralela mostrava que 1 dólar estava 336 pesos, enquanto no oficial estaria cerca de 130 pesos. Pelo anúncio do governo argentino, o dólar passa a ser negociado para turista a 327 (mas pode mudar dia a dia, como qualquer câmbio)

O valor máximo que o turista estrangeiro poderá trocar será de US$ 5 mil. Segundo matéria do jornal argentino Clarín, a taxa de câmbio negociada será a que estiver no mercado financeiro (MEP), a ‘Bolsa de Valores do Dólar’.

Os turistas poderão fazer a troca de dinheiro em casas de câmbio e bancos autorizados pelo Banco Central, apresentando o passaporte ou documento de entrada no país.

Aumento do turismo brasileiro na Argentina

A medida tomada pelo governo é uma forma de tentar frear a saída de dólares do país e frear a desvalorização do peso. Nos últimos meses, enquanto os argentinos sofrem com a crise econômica, o turismo viu seu segmento aumentar.

Diante da desvalorização da sua moeda e da alta inflação, a Argentina tornou-se novamente o centro das atenções de quem vem de fora – segundo o jornal Clarín, turistas estrangeiros gastaram no país US$ 1,4 bilhão apenas este ano. E os brasileiros fazem parte deste montante.

Desde que as fronteiras foram reabertas, em agosto de 2021, turistas brasileiros têm ido cada vez mais para Buenos Buenos Aires e outras cidades argentinas. A oportunidade de comprar o dólar paralelo, e não o oficial, era um grande chamariz. Agora, com a facilidade de trocar dólares por um câmbio mais favorável para quem visita o país, a expectativa é que o turismo continue em alta – e a Argentina acerte um pouco o seu balanço financeiro.


Quem aqui está com viagem marcada para a Argentina? Diz pra gente nos comentários o que achou da medida do governo.

 

Por Akstein Batista 

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