O equipamento foi reaberto exclusivamente para autoridades ontem (6/09). No feriado de 7 de setembro, o museu abriu apenas para escolas e para os trabalhadores que ajudaram nas obras do restauro e seus familiares. Já o público poderá visitá-lo a partir de hoje 8 de setembro.
O novo Museu do Ipiranga
Maior, mais acessível e cheio de inovações tecnológicas, a reabertura terá como marco a construção de um perfil menos elitizado da instituição. Inicialmente, serão 11 exposições fixas e em novembro ocorrerá a abertura de mais uma temporária. Serão, no total, 3,7 mil peças com 353 delas multissensoriais, permitindo interações táteis e olfativas – há salas com cheiros, além de material em braile. A maioria dos objetos são dos séculos 19 e 20, mas há também peças mais antigas que datam o período do Brasil colônia.
Programação do 7 de setembro:
No feriado de 7 de setembro, haverá uma programação especial que terá início com o tradicional desfile que, neste ano, será realizado na Avenida D. Pedro I. O desfile tem início às 8h45 e contará também com um desfile aéreo. O Parque da Independência reabre ao público a partir do meio-dia.
À noite, haverá uma apresentação de um espetáculo de drones, marcado para as 18h. Também nesse horário terá início uma projeção mapeada na fachada do novo Museu do Ipiranga. A partir das 19h, diversos shows no local celebram o bicentenário da Independência, com apresentações de João Carlos Martins, Juliette, Vanessa da Mata, Fafá de Belém, Criolo, entre outros. Entre os dias 8 de setembro e 11 de setembro, o festival promove também shows musicais, em parceria com a prefeitura paulistana. Haverá shows de Gabriel Sater, Geraldo Azevedo e Melim, entre outros. Os ingressos ficaram disponíveis online, mas estão esgotados.
Já a visitação do Museu a partir do dia 13 de setembro será das 11h às 17h e informações sobre as entradas podem ser solicitadas via e-mail, no endereço: ingresso.museudoipiranga@usp.br.
A reforma
As obras foram executadas em duas grandes frentes: restauro do Edifício-Monumento e ampliação do edifício. Com o novo espaço criado, de 6,8 mil m², o museu ganha entrada integrada ao Jardim Francês, além de bilheteria, café, loja, auditório para 200 pessoas, espaços e salas para atendimento educativo, e uma grande sala de exposições temporárias, com 900m².
No Edifício-Monumento, foram realizados reparos em todos os detalhes da refinada arquitetura, incluindo os 7,6 mil m² das fachadas, que, pela primeira vez, passaram por limpeza, decapagem, recuperação dos ornamentos, aplicação de argamassa, tratamento de trincas e, por fim, a pintura.
O Novo Museu do Ipiranga também teve restaurado o Jardim Francês, localizado em frente ao Edifício-Monumento. A obra incluiu restauração de toda a área construída e do paisagismo, reforma do espaço da antiga administração para instalação de um restaurante, criação de infraestrutura para food bikes, restauro e modernização da iluminação pública, requalificação das vias de acesso (inclusive com equipamentos de acessibilidade), reativação da fonte central e recuperação de duas fontes presentes no projeto original do jardim, destruídas na década de 1970.
Digitalização
A construção foi interditado em 2013, em decorrência de graves problemas estruturais e risco de desabamento. O acervo, então, ficou abrigado em outros prédios públicos até a conclusão da obra – que custou cerca de R$ 235 milhões.
Mesmo com o inédito e triste episódio, pela primeira vez foi possível ter o espaço vazio para que pudesse ser feita uma digitalização tridimensional do prédio tombado, que faz parte do nosso patrimônio histórico. Essa ferramenta permitirá um melhor monitoramento do estado da edificação, além de permitir que exposições virtuais, experiencias online imersivas e até um melhor controle da segurança. Mais detalhes podem ser conferidos no site.
Com informações e fotos da Agência Brasil.
Legal ver a valorização e a conservação da nossa história por meio da arte, né?!
Por Duda Machado