Pensando em solucionar e prever as novas necessidades de consumo, o Destino Turístico Inteligente (DTI) foi criado em 2013 pela Segittur (Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão de Inovação e das Tecnologias Turísticas), da Espanha. O projeto consiste em construir uma estratégia a partir da abordagem de 10 projetos-pilotos implementados nas cidades. Em 2021, o Ministério do Turismo do Brasil anunciou que aplicaria o modelo com a seleção de dois destinos por cada região brasileira, sendo eles: Rio Branco e Palmas (Norte); Recife e Salvador (Nordeste); Brasília e Campo Grande (Centro-Oeste); Rio de Janeiro e Angra dos Reis (Sudeste); e Curitiba e Florianópolis (Sul).
O Governo Federal escolheu essas cidades por entender que esses destinos precisam ter um grau mínimo de desenvolvimento e infraestrutura, principalmente nos eixos a serem trabalhados. Esses pontos turísticos também visam garantir as diversidades encontradas em nosso país. Com o passar dos meses, as prefeituras investem e reestruturam as cidades, inserindo elas no contexto do DTI.
Os destinos turísticos inteligentes se baseiam em cinco pilares: governança, tecnologia, sustentabilidade, acessibilidade e inovação. De forma resumida, estratégias são criadas para valorizar o destino, utilizando melhor os atrativos naturais e culturais; criação de recursos, atividades e equipamentos que sejam inovadores; além de impulsionar a sustentabilidade nas esferas sociais, ambientais e econômicas. Cada destino vai precisar ter um diagnóstico realizado dentro de uma metodologia a ser trabalhada. A partir daí, será necessário criar planos de transformação que contribuam com os pilares citados acima.
É fundamental investir em DTI, e o primeiro motivo para isso acontecer está no fato de que esse é um modelo que segue uma tendência mundial. Conforme as cidades e os destinos usem inteligência no planejamento e nas decisões, naturalmente, se tornam mais competitivos entre todos os outros. A outra razão está na experiência do turista, que precisa estar constantemente encantado. E para isso acontecer, os destinos inteligentes têm mais poder para atrair e satisfazê-los, já que oferecem serviços inovadores e eficiência na acessibilidade. Um bom exemplo é a integração e interatividade no transporte, disponibilizando de maneira simples preço dos carros por assinatura.
Além disso, as empresas turísticas que estão presentes no DTI ganham mais visibilidade. Esse é o objetivo final desse projeto implementado no Brasil: potencializar o setor turístico utilizando a inovação e a tecnologia.