Em meio a dunas, lagoas, montanhas e até mesmo um vulcão, o deserto do Atacama desponta, imponente, como a região mais alta e mais árida do mundo.
Sua beleza estarrecedora não tem hora certa para chegar: a fantástica paisagem encontra espaço cativo na memória e no coração de quem a vê pela primeira vez.
Com atrativos ecoturísticos para todos os gostos e com diferentes níveis de dificuldade, partindo de São Pedro do Atacama – cidade situada no norte chileno e próxima da fronteira com a Bolívia e com a Argentina –, a primeira parada sugerida é, na verdade, uma dobradinha formada pelos vales da Lua e de Marte (este último também chamado de Vale da Morte). O motivo? O cenário, sem traço algum de vegetação, mergulha os visitantes em uma realidade inteiramente nova, que mais parece trazida de outra dimensão.
No rastro dos astros e estrelas
O Atacama reúne as condições necessárias para assistir de camarote ao extraordinário espetáculo de luzes e cores que toma conta do céu após o cair do sol. E é exatamente por isso que o local é ideal para apaixonados por astroturismo – arte que se dedica à observação celeste e dos elementos espaciais –, sendo palco para a realização de tours temáticos de cair o queixo.
Com uma aura quase mágica, visível a olho nu, o destino acumula outro recorde: o do maior telescópio do mundo. Batizado de Alma, o aparelho, de proporções gigantescas, promete ajudar os astrônomos a ampliar sua compreensão do Universo.
Longe de decepcionar, o deserto chileno reserva uma infinidade de atrações, que variam do célebre Salar de Atacama (um dos maiores desertos de sal da Terra) ao azul-turquesa das águas da Lagoa Cejar, passando ainda pela Reserva Nacional dos Flamingos e pelo curioso Geysers del Tatio, campo geotérmico de onde jorram jatos d’água fervendo. Se possível, vale estender a viagem até a Bolívia e conferir o Salar de Uyuni, deslumbrante planície feita de sal e com chão branquinho.