Uma cidade flutuante subirá no mar das Maldivas. Localizada a 15 minutos de barco de Male – capital do país,  em uma lagoa azul paradisíaca, será construída a mais nova cidade da região. Ela terá capacidade para abrigar cerca de 20 mil pessoas e contará com 5 mil unidades flutuantes – e você pode ser dono de uma delas!
 
 

 

As edificações serão ligadas por passarelas e amarradas ao chão da lagoa, com casas construídas de frente para o mar, restaurantes, escolas e lojas. Pontes, docas e canais facilitarão o acesso entre as edificações e a estrutura será estabilizada por praias arenosas e  “maciços recifes de corais”.

Uma coisa legal é que será possível que viajantes internacionais adquiram uma autorização de residência no país comprando uma casa na nova cidade flutuante. O valor ainda não foi divulgado, mas será uma oportunidade para quem sempre sonhou morar nas Maldivas!

Cidade flutuante nas Maldivas

“Nossa Cidade Flutuante não requer nenhuma recuperação de terras, portanto, tem um impacto mínimo nos recifes de coral”, explica Mohamed Nasheed, presidente do Parlamento das Maldivas e ex-presidente do país. Além disso, serão cultivados novos recifes para ajudar na quebra das ondas.

Esta foi uma solução encontrada pela promotora imobiliária holandesa Dutch Docklands, em parceria com o governo do arquipélago, para amenizar os efeitos do aumento do nível do mar. Cerca de 80% do território está a menos de 1 metro acima dele e com as projeções de que o nível pode subir 1 metro até o final do século, quase todo o país poderá ficar submerso. As Maldivas são um dos locais do mundo mais vulneráveis às mudanças climáticas – o ponto mais alto de lá fica a pouco menos de 2,5 metros acima do nível do mar, na Ilha Villingili, no Atol Addu.

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Divulgação/ Maldives Floating City

Na nova cidade flutuante não haverá fluxo de carros e a mobilidade será exclusivamente feita de barco pelos canais, ou pelas estradas de areia branca – de bicicleta, a pé, de buggies ou scooters elétricas e silenciosas. A construção toda deve ser finalizada em 2027, mas o primeiro bloco habitacional já será liberado para visitação no mês de agosto para que a aparência das casas seja avaliada.

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Divulgação/ Maldives Floating City

O projeto – assinado pelo arquiteto Koen Olthuis, dono do escritório de arquitetura holandês Waterstudio, e que está sendo elaborado há mais de uma década,  foi finalista do prêmio Melhor Projeto Futuro, no MIPIM Awards 2022, um dos mais relevantes do setor de desenvolvimento global. E promete ser referência em desenvolvimento sustentável para projetos futuros em outros locais do mundo.

Além da solução para proteger o local do nível do mar, toda a cidade será construída de maneira sustentável, desde a gestão de resíduos e geração de energia, até o cuidado com a sombra que a estrutura poderá lançar no fundo do oceano – o que poderia prejudicar a vida marinha.

 

 

Brasileira colaborando!

A brasileira Camilla Tranquilini, turismóloga e dona de um restaurante e uma pousada em Thulusdhoo, nas ilhas Maldivas, foi convidada pelos dirigentes do projeto para treinar alguns alunos recém-formados na área pela Universidade Nacional das Maldivas, em Male, para atuarem na Maldives Floating City.  Ela contou ao Melhores Destinos que eles estiveram em seu restaurante e ficaram admirados com a qualidade do serviço prestado – o que ainda é bastante deficitário no país, segundo ela – e fizeram o convite.

Veja também:

 

Com informações da Condé Nast Traveller, Forbes e site oficial da Maldives Floating City.

 

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